Meu relógio não para
só quando a ausência exala
esse tempo que dói
É comum parar
olhar no ar
as linhas de expressão
As notas entram em conflico
com meu tom
com meu dom
minha obra-prima
E meus olhos voam
vão pra longe
seguem o facho de luz
Cria o azul e a escuridão
foge da palma da minha mão
salta
brinca no ar
Passa por sua feição
segue por seus olhos
revira seus pensamentos
descobre seu sorriso
O tempo já não para
já não faz parte a escuridão
e a luz solta no ar
salta no coração.